RETIREI SEU RETRATO DA CARTEIRA
SEM TIRAR SEU AMOR DO CORAÇÃO
(Zé Adalberto)
.
Seu retrato foi
todo incinerado
Mas até na fumaça deu pra vê-la
Não há nada que faça eu esquecê-la
Eu nem sei se por ela sou lembrado
Meu desejo está contaminado
Pelo vírus da sua sedução
Junta médica não faz intervenção
Se souber que a doença é roedeira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.
Mas até na fumaça deu pra vê-la
Não há nada que faça eu esquecê-la
Eu nem sei se por ela sou lembrado
Meu desejo está contaminado
Pelo vírus da sua sedução
Junta médica não faz intervenção
Se souber que a doença é roedeira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.
.
Esse meu coração
só pensa nela
Apesar de bater no meu reduto
120 batidas por minuto
São as 20 por mim, e as 100 por ela
Eu com raiva rasguei a foto dela
Mas amor não se rasga com a mão
Se vontade rasgasse ingratidão
Eu só tinha deixado a pedaceira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.
Apesar de bater no meu reduto
120 batidas por minuto
São as 20 por mim, e as 100 por ela
Eu com raiva rasguei a foto dela
Mas amor não se rasga com a mão
Se vontade rasgasse ingratidão
Eu só tinha deixado a pedaceira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.
.
Seu veículo de
amor ainda cabe
Na garagem do peito que era seu,
O chassi do seu corpo está no meu
Se eu tentar alterá-lo o mundo sabe
Não existe paixão que não se acabe
Mas amor não possui limitação
Vai além das fronteiras da razão
E o que eu sinto por ela é sem fronteira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.
Na garagem do peito que era seu,
O chassi do seu corpo está no meu
Se eu tentar alterá-lo o mundo sabe
Não existe paixão que não se acabe
Mas amor não possui limitação
Vai além das fronteiras da razão
E o que eu sinto por ela é sem fronteira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.
.
Da carteira eu
tratei de dar um jeito
De tirar sua foto de olhos vivos
Mas não pude apagar os negativos
Que ficaram gravados no meu peito
Junto à lei nosso caso foi desfeito
A igreja anulou nossa união
Mas do peito não tive condição
De tirar esse amor por mais que eu queira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.
De tirar sua foto de olhos vivos
Mas não pude apagar os negativos
Que ficaram gravados no meu peito
Junto à lei nosso caso foi desfeito
A igreja anulou nossa união
Mas do peito não tive condição
De tirar esse amor por mais que eu queira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.
Outro mote:
Pra que tanta riqueza se a pessoa
Nada leva daqui pra sepultura?
Muitas vezes, sozinho, eu me
pergunto:
Pra que tanta riqueza, se
depois
Que o caixão encostar e
couber dois,
O amigo melhor não quer ir
junto?
Pra que cara fragrância, se
o defunto
Não exige perfume da
“natura”?
Mesmo a alma é cheirosa
quando é pura,
Mas o cheiro do corpo ainda
enjoa.
Pra que tanta riqueza, se a
pessoa
Nada leva daqui pra
sepultura?
Pra que casa cercada por
muralha,
Se a cova é cercada pelo
pranto?
Se pra Deus todos têm do
mesmo tanto,
Tanto faz a fortuna ou a
migalha.
Pra que roupa de marca se a
mortalha
Não requer estilista na
costura,
Se o cadáver que a veste não
procura
Nem saber se a costura ficou
boa?
Pra que tanta riqueza, se a
pessoa
Nada leva daqui pra sepultura?
Pra que eu me esconder
detrás de um pão,
Se a miséria não bate em
minha porta?
Pra que eu me cansar regando
horta,
Se amanhã ou depois já é
verão?
Pra que eu confiar no
coração,
Sem saber quanto tempo a
vida dura?
Se as feridas da alma não
têm cura,
Quando é a ganância que as
magoa?
Pra que tanta riqueza, se a
pessoa
Nada leva daqui pra
sepultura?
Não sou dono de ônibus nem
de trem,
Mas enquanto eu puder me
locomovo.
Pra que eu invejar um carro
novo,
Se o transporte final nem
rodas tem?
Nem me avisa dizendo quando
vem,
Mas só anda na minha captura
E bem abaixo da sua
cobertura,
Ele tem quatro asas, mas não
voa.
Pra que tanta riqueza, se a
pessoa
Nada leva daqui pra
sepultura?
Pra que eu toda hora dar
balanço
No que eu tenho ou andar
atrás de bingo?
Pra que tanta hora extra no
domingo,
Se Deus fez esse dia pro
descanso?
Pra que eu trabalhar feito
um boi manso,
Se a chibata do dono me
tortura?
Pra que eu reclamar de minha
altura,
Se o que a mão não alcança,
Deus me doa?
Pra que tanta riqueza, se a
pessoa
Nada leva daqui pra
sepultura?
Pra que eu com dois olhos na
barriga,
Se os da cara já são
suficientes?
Pra que eu invejar os meus
parentes,
Se eu já sei que o retorno é
uma intriga?
A formiga que evita ser
formiga
Cria asas, se torna
tanajura,
Cresce a bunda demais, cria
gordura,
Fica muito pesada e cai à
toa.
Pra que tanta riqueza, se a
pessoa
Nada leva daqui pra
sepultura?
Fonte: itapetim-net
parabêns josé adalberto seus poêma são muito rico na cultura brasileira.
ResponderExcluirdeveria ser mais divugado.
vânia ferreira
Parabéns meu amigo, poemas belíssimos e muito rico, vou divulgar em meu face só assim eu distribuo riqueza, pois o que vale é o que importa, pois é esse tipo de riqueza que o povo brasileiro precisa, pois o que se aprende não se toma e nem se perde.
ResponderExcluirFantástico: O sertão é um mar de poesia e seus poetas são poemas perfeitos, almas que enaltecem nossa cultura. este é um exemplo do que há de melhor da nossa literatura.
ResponderExcluirAdmiro demais seus poemas, poeta!
ResponderExcluirVocê e um gênio poeta, Deus te abençoe grandemente!
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