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quinta-feira, 29 de março de 2012


SONETO AO FILHO
(Diniz Vitorino)

Filho meu nunca faças o que eu fiz
E o que eu fiz não procure nem saber
Veja bem meu semblante que ele diz
O que eu tenho vergonha de dizer

Não matei, não feri, porque não quis
Ceifar vidas humanas pra viver
Meu mau foi cantar pra ser feliz
Tendo dor pra chorar até morrer

Que loucura meu filho, é ser poeta
Fingir que é filosofo, que é profeta
Sem reunir multidões pregar a esmo

Aos espaços mandar cantos fingidos
Procurar consolar os oprimidos
Quando o mais oprimido sou eu mesmo.


João Paraibano nasceu em Princesa Isabel, na Paraíba, mas está radicado em Afogados da Ingazeira, em Pernambuco. João é cantador de viola, e para muitos hoje ele é imbatível quando o assunto da cantoria é o sertão, onde nasceu e foi criado. Entre os seus discos, destacam-se "Encontro com a Poesia" - com a participação de Valdir Teles, Sebastião da Silva e Sebastião Dias - e "A Arte da Cantoria" - com Ivanildo Vilanova.

Alguns improvisos avulsos de João:

Vi o fantasma da seca
Transportado numa rede
Vi o açude secando
Com três rachões na parede
E as abelhas no velório
Da flor que morreu de sede.

Terreno ruim não dá fruto,
Por mais que a gente cultive,
No seu céu eu nunca fui,
Sua estrela eu nunca tive,
Que o espinho não se hospeda,
Na mansão que a rosa vive.

A juventude não dá
Direito a segunda via
Jesus pintou meus cabelos
No final da boemia
Mas na hora de pintar
Esqueceu de perguntar
Qual era a cor que eu queria

Toda a noite quando deito
Um pesadelo me abraça
Meu cabelo que era preto
Está da cor de fumaça
Ficou branco após os trinta
Eu não quis gastar com tinta
O tempo pintou de graça

Coruja dá gargalhada
Na casa que não tem dono
A borboleta azulada
Da cor de um papel carbono
Faz ventilador das asas
Pra rosa pegar no sono.

Faço da minha esperança
Arma pra sobreviver
Até desengano eu planto
Pensando que vai nascer
E rego com as próprias lágrimas
Pra ilusão não morrer.



Dois exuberantes sonetos da alcunha do poeta Rogaciano Leite.

SORRIR E CANTAR

Quando falas porque vivo rindo
Também falas por viver cantando
Se a vida é bela e este mundo é lindo
Não há razão para viver chorando

Cantar é sempre o que a fazer eu ando
Sorrir é sempre meu prazer infíndo
Se canto e rio,é porque vivo amando
Se amo e canto,é por que vivo rindo.

Se o pranto morre quando nasce o canto
Eu canto e rio pra matar o pranto
E gosto muito de quem canta e rí

Logo bem vês por estes dotes meus
Que quando canto estou pensando em Deus
E quando rio estou pensando em tí.


" SE VOLTARES... "

Como o sândalo humilde que perfuma
O ferro do machado que lhe corta,
Hei de ter a minh'alma sempre morta
Mas não me vingarei de coisa alguma.

Se algum dia, perdida pela bruma,
Resolveres bater à minha porta,
Em vez da humilhação que desconforta
Terás um leito sobre um chão de pluma.

Em troca dos desgostos que me deste,
Mais carinhos terás do que tiveste
E meus beijos serão multiplicados...

Para os que voltam, pelo amor vencidos,
A vingança maior dos ofendidos
É saber abraçar os humilhados.

O poeta tabirense, Dedé Monteiro, usando como mote a célebre frase de Rogaciano Leite, disse:

Se eu morasse muito além,
Onde nada me faltasse,
Talvez que nem precisasse
Cantar pra me sentir bem.
Sofro, mas canto também
Pra tristeza se mandar.
Se ela insistir em ficar,
Eu canto a canção das dores...
Sou do Pajeú das flores,
Tenho razão de cantar!

Tive a sorte de nascer
Num chão que tanto me inspira,
Minha querida Tabira
Que me dá tanto prazer.
Se a seca me faz sofrer,
O verso me faz gozar,
Pois trago n'alma um pomar
Com frutos de mil sabores!
Sou do Pajeú das flores,
Tenho razão de cantar!


VOLTEI DE NOVO

Voltei de novo, São José da arte,
Pra, num abraço em tua gente amiga,
Humildemente reverenciar-te
E carimbar nossa amizade antiga!

Voltei de novo, que a saudade obriga,
E eu não podia, enquanto o tempo parte,
Lançar um livro e não apresentar-te.
Seria ofensa das que Deus castiga.

Voltei de novo pra estreitar os laços
Com “Patriotas”, com “Marinho” e “Passos”,
Gente que passa e se transforma em mito!

Voltei de novo, terra de Vinícius,
Pra te dizer, sem precisar comícios:
Eu te admiro, São José do Egito!

(Dedé Monteiro)

João Paraibano, um dos maiores poetas que canta a natureza, escreveu e descreveu o Pajeú neste belíssimo soneto:

RIO PAJEÚ

Pajeú, teu cenário me encanta
Desde a voz do vaqueiro aboiador,
Ao Verão que desbota a cor da planta,
E a abelha que bebe o mel da flor.

O refúgio da caça que se espanta
No chiado dos pés do caçador,
A romântica canção que o rio canta
Na passagem de um ano chovedor.

Quando a chuva da nuvem inunda as grotas
O volume da água banha Brotas,
E onde a curva do rio faz um U...

Nasce um pé de esperança no teu povo;
Tudo indica que Cristo quando novo
Aprendeu a caminhar no Pajeú.

domingo, 25 de março de 2012

Canção: A VACA E O BEZERRO, autoria de Inácio Augusto, poeta popular de Itapetim-PE. Vale a pena conferir a beleza de poema.


Fonte: bernardogarapa
O poeta Pedro Amorim, em avançada idade, declama de sua autoria, o magnífico poema MINHA CASA.



O Vendedor de Berimbau
Chico Pedrosa.


Esse poema foi escrito por Chico Pedrosa, após terem-lhe contado algo semelhante ocorrido em Petrolina, com um comerciante antigo da cidade, por nome de Zé Moxotó. Na venda dele, dizia-se, havia até bainha de foice.


Vejamos a estória do mestre Chico.


fonte: moraesbelmonte
Extaordinária performance de Lirinha, ex-Cordel do Fogo Encantado, recitando AI SE SÊSSE, poema do poeta Zé da Luz.
Matuto No Futibó
Autoria de Zé Laurentino, em desenho animado
O filho da Excelência
Poema matuto de Amazan, em desenho animado.



 

SURUBINA E SEU DESEJO
(Chico Pedrosa)

O DESEJO É CAPRICHOSO
NATURAL E ENVOLVENTE
QUANDO MENOS SE ESPERA
ELE SURGE EM NOSSA MENTE:
DESEJO DE APRENDER
DESEJO DE CONHECER
COISAS SOBRENATURAIS
DESEJO DE VIAJAR
DESEJO DE SE CASAR
SER FELIZ E OUTROS MAIS

A MATUTA SURUBINA
DEPOIS QUE ENGRAVIDOU
UM DESEJO MUITO ESTRANHO
EM SUA MENTE AFLOROU
E PARA FAZER SENTIDO
CORREU E DISSE AO MARIDO
QUE ESTAVA COM GASTURA
POIS A VONTADE QUE TINHA
SEM SABER DE ONDE VINHA
ERA COMER TANAJURA

E DISSE MAIS AO MARIDO
SE APRESSE E VÁ BUSCAR
AS MINHAS TANAJURINHAS
SE NÃO EU VOU ACABAR
VÁ BUSCAR ONDE TIVÉ
PRA NÃO VER SUA MUIÉ
TER QUE PERDER A BARRIGA
OU ENTÃO ACONTECER
DO NOSSO FIO NASCER
COM A CARA DE FORMIGA

O POBRE DE ZÉ DE BINA
LEVANTOU-SE AGONIADO
BATEU DE MÃO A ENXADA
E SAIU DESEMBESTADO
DE SÃO JOSÉ A MONTEIRO
O QUE FOI DE FORMIGUEIRO
ZÉ DE BINA REVIROU
E NO FINAL DA PROCURA
NEM ASA DE TANAJURA
O MISERÁVEL ENCONTROU

E NÃO ENCONTROU PORQUE
TANAJURA NO VERÃO
NÃO EXISTE, ELA SÓ SAI
QUANDO A CHUVA MOLHA O CHÃO
TANAJURAS SÃO SAÚVAS
FÊMEAS, QUE AS PRIMEIRAS CHUVAS
CRIAM ASAS PRA VOAR
E FORA DOS FORMIGUEIROS
SE JUNTAM AOS COMPANHEIROS
PRA DESOVA COMEÇAR

NAQUELE MÊS DE DEZEMBRO
O SOL TORRAVA O SERTÃO
O GADO NO PASTO SECO
MORRIA DE INANIÇÃO
E DO PAJEÚ PRO AGRESTE
ERA UM CLAMOR INCONTESTE
PORQUE ÁGUA NÃO HAVIA
E DA POUCA QUE RESTAVA
QUANDO O SOL LHE ESQUENTAVA
NEM MARIMBONDO BEBIA

AQUILO QUE FEZ ZÉ DE BINA
SÓ FALTAR ENLOUQUECER
PROCURANDO TANAJURA
PRA SURUBINA COMER
QUANDO SE DESENGANOU
VOLTOU PRA CASA E FALOU:
NADA ACHEI ATÉ AGORA
E A MULHER NA MESMA HORA
PRA NÃO PERDER A BARRIGA
TOMOU UM CHÁ DE FORMIGA
E O DESEJO FOI SIMBORA

sábado, 24 de março de 2012












Versos colhidos na internet, sem autoria.
 

É bem triste sofrer de solidão,
Lamentar pela ausência de alguém,
Procurar por prazer no que se tem
E encontrar só vestígios de paixão.
Dá um aperto feroz no coração
E o juízo do homem desmantela,
A fraqueza do macho se revela
Quando vê que está só, e é verdade:
Eu fumando o cigarro da saudade
E a fumaça escrevendo o nome dela.

Eu procuro esquecer, mas não tem jeito.
Já tentei outro amor, mas não consigo.
Já busquei um consolo, um ombro amigo,
Mas a dor que lateja no meu peito
Não me deixa viver, e eu suspeito
Que é capaz de eu morrer pensando nela.
A lembrança vem forte e me atropela
Esmagando meu ser sem piedade.
Eu fumando o cigarro da saudade
E a fumaça escrevendo o nome dela.

Dos amores que tive no passado
Ela foi importante até demais
Só faltou o atesto dos seus pais
Para todo esse amor ser confirmado
Tudo quanto restou foi transformado
Numa dor bem acima da costela
Pra curar de uma vez essa mazela
Sua volta põe fim a enfermidade
Eu fumando cigarro da saudade
E a fumaça escrevendo o nome dela

terça-feira, 20 de março de 2012




Lourival Batista Patriota, o Louro do Pajeú, era repentista, considerado o "rei do trocadilho". Nasceu a 06 de janeiro de 1915 na Vila Umburanas, hoje Município de Itapetim (na época pertencia a São Jose do Egito). Concluiu o curso ginasial em 1933, no Recife, de onde saiu com a viola nas costas, para fazer cantorias.

Foi um dos mais afamados poetas populares do Nordeste. Irmão de outros dois repentistas famosos (Dimas e Otacílio Batista) e genro do poeta Antônio Marinho (a "Águia do sertão"), foi um dos grandes parceiros do paraibano Pinto do Monteiro. Satírico e rápido no improviso, era temido por seus competidores.
Louro morreu em São José do Egito, a 05 de dezembro de 1992.

Numa cantoria em São José do Egito, um rapaz que atendia pelo nome de DECA, ouvia os belos improvisos de Lourival, sem manifestar qualquer desejo de colaborar com os cantadores. A certa altura da cantoria, Lourival dirigiu-se ao rapaz, tomando por base as quatro letras que formavam seu apelido:

Boto o “d” e boto o “e”
Boto o “c” e boto o “a”
Depois um acento agudo
Em vez de DECA, é decá!
Tiro o “d” e tiro o “e”
Seu Deca, venha até cá.

Um cidadão por nome de André, presenciava uma cantoria de Lourival, quando ele tecia elogios aos contribuintes. A presença de André motivou o cantador para solicitar uma colaboração:

Eu me confio em André
Porque sua paga é grande
Tire o “r” e o acento
Que talvez o mesmo ande!
No princípio, bote um “m”
Por caridade, me mande.

Tércio Rafael, rico fazendeiro, estava presente a uma cantoria de Lourival, tendo sido saudado por este, com a seguinte estrofe:

Eu vou convidar a Tércio,
Para ver se Tércio vem
Melhoraria de sorte
Ficaria muito bem
Se Tércio mandasse um terço
Dos terços que Tércio tem.

Outro senhor por nome José Tota, foi chamado por Lourival, para pagar a cantoria, quando este cantava com Canhotinho:

Canhotinho está na hora
De convidar José Tota
Tire o “t” e bote o “n”
Pra nós ganharmos a nota
Tire o “n” e bote o “b”
Para ver se Tota bota.

Recebendo duas notas de um sargento que presenciava uma cantoria, Lourival agradeceu, desejando-lhe promoção na carreira militar:

As notas deste sargento
Eu gostei de recebê-las
Deus queira que estas três fitas
Se transformem em três estrelas
Subam dos braços pros ombros
E esteja vivo pra vê-las.

Um outro sargento que ouvia Lourival, não contribuía com nada, tendo recebido o que mereceu:

Esse aí não será nunca
Nem capitão nem tenente
O galão que ele merece
É um galão diferente
É um pau com duas latas
Uma atrás, outra na frente.

Certo violeiro, apertado com Lourival, procurou na voz de seu companheiro, argumento para suas desculpas fracas. Lourival aproveitou o tema explorado pelo colega, que só falava em peito forte, e arrasou-lhe com esta estrofe:

Esse negócio de peito
Cousa que não embaraça
Mais peito do que você
Tem uma porca de raça
Tem duas fileiras grandes
E duma porca não passa.

Numa cantoria com Odilon Nunes de Sá, este advertiu Lourival:

Cuidado, seu Lourival
Que sou um velho capaz.

Lourival responde:

Você é velho demais
E ainda quer ser valente
Em cima não tem cabelo
Na boca não tem um dente
Por fora não tem figura
Por dentro não tem repente.

Num desafio, o colega que cantava com Lourival termina um estrofe dizendo:

Num velho da tua idade
Eu dou é de dez a zero!

Lourival dá a merecida resposta:

Eu muito lhe considero,
Por isso estamos cantando
O grande defeito seu
É cantar se pabulando
Você pode dar o zero
Mas o dez fica faltando!

No dia do falecimento do papa João XXIII, Lourival cantava com Otacílio, seu irmão mais novo. Por coincidência, era o último dia de um mês de trinta e um. Como bom católico, Otacílio lamentava aquele acontecimento:

O mês já chegouao fim
O Papa não mais existe!

Lourival concluiu com esta sextilha:

Em tudo isso o mais triste
Morrerem os dois duma vez
O mês se acabou com o Papa
E o Papa no fim do mês
O mês sendo trinta e um
E o Papa era vinte e três.

Lourival é conhecido popularmente por “Louro” ou “Lourodo Pajeú”, nome inclusive do hotel do seu filho Val, em São José do Egito. Falando sobre a sua vida disse:

É muito triste ser pobre
Pra mim é uma mal perene
Trocando o “p” pelo “n”
É muito alegre ser nobre
Sendo pelo “c” é cobre
Cobre figurado é ouro
Botando o “t” fica touro
Como a carne e vendo a pele
O “T” sem o traço é “L”
Termino só sendo “Louro”!

João Andorinha, referindo-se a um romance de João Martins de Athayde, “O Dragão do Rio Negro”, fez esta advertência a Lourival:

Sou igualmente ao Dragão
Do Rio Negro, falado...

Lourival deu a resposta com este trocadilho:

Pra Dragão estás errado,
Pois Lourival já te explica
Tira letra, apaga letra
Bota letra e metrifica
Tira o “d”, apaga o “r”
Bota o “c”, vê como fica.

Cantando com Ivanildo Vilanova, este falou da nobreza da família:

Sou príncipe dos cantadores
Porque papai é o rei.

Lourival destrona a família:

Com seu pai eu já cantei
Com você vou ver se canto
Eu fiz o pai verter lágrima
Faço o filho verter pranto
Dou no pai e dou no filho
Só respeito o Espírito Santo.

Numa reunião de amigos, foi solicitado a glosar no mote: Mulher não tem coração.

Um cientista profundo
Solicitou-me uma vez
Que eu enumerasse os três
Desmantelos desse mundo
Eu respondi num segundo
Doido, mulher e ladrão
E disse mais a razão:
Doido não tem paciência
Ladrão não tem consciência
Mulher não tem coração.

Cantando com Otacílio, este para instigá-lo, elogiou-se:

Sou o gigante dos versos
O Cantador ideal
No campo da poesia
A minha fama é geral
Não tenho medo de Dimas
Quanto mais de Lourival!

A resposta de Lourival:

Mas inda sou general
Você, um soldado raso
Sem luz e sem consciência
Que quando me vê, se esconde
Pra não fazer continência.

Otacílio prossegue:

Seu repente tem essência
É feito sem embaraço
Mas sua viola é tão feia
Que só parece um cabaço
Mais bonita do que ela
Eu tenho visto em palhaço.

Otacílio no momento vestia-se alinhadamente e possuía uma viola bonita, nova e enfeitada, o oposto de Lourival, fato que mereceu esta represália:

Mais feia que a dum palhaço
Mas o dono é inteligente
A sua é muito enfeitada
Mas é fraco o seu repente
Não é coleira bonita
Que faz cachorro valente!

Severino Pinto cantando com Lourival se auto-elogia:

No lugar que Pinto canta
Não vejo quem o confunda
O rio da poesia
O meu pensamento inunda
Terça, quarta, quinta e sexta
Sábado, domingo e segunda.

Lourival prontamente responde:

Sábado, domingo e segunda
Terça-feira, quarta e quinta
Na sexta não me faltando
A tela, pincel e tinta
Pinto, pintando o que eu pinto
Eu pinto o que Pinto pinta!

No mote dado pelo Dr. Raimundo Asfora, “Não tive amores sonhei-os / Mas possui-los não pude”, Lourival fez esta belíssima estrofe, recitada por todos os apologistas e admiradores do mestre Louro:

Na vida senti abalos
E desesperos medonhos
Sonhos, sonhos e mais sonhos
Sem nunca realizá-los
Na fronde inda trago os halos
Das auras da juventude
Porém não tive a virtude
De dormir entre dois seios
Não tive amores, sonhei-os
Mas, possuí-los não pude.

sábado, 17 de março de 2012

 

Em conversa hoje com o poeta Zé Moura, este recitou-me uma belíssima quadra, feita de improviso quando ele visitava, no Dia de Finados, a cova do seu único filho, Carlos José. 


Uns trazem velas, outros trazem flores
Eu não trouxe flores  e nem trouxe velas
Trouxe meu filho, apenas minhas dores
E assim mesmo vou voltar com elas.
O Poeta e repentista Valdir Teles canta com Delmiro Barros um Vaneirão em Desafio. Este vídeo faz parte do DVD da festa de aniversário de 55 anos de Valdir Teles que aconteceu no dia 18/07/2010 no Restaurante Academia em Tuparetama-PE. Filamgem de THADEU FILMAGENS 

Documentário produzido por Thomas Farkas, na Fazenda Três Irmãos, Caruaru-PE, ná década de 70, com Pinto do Monteiro e Lourival Batista, cantando alguns gêneros da Cantoria de Viola. 
Fonte: youtube (robertoalves7)