(Pedro
Bandeira)
Jesus
– esperança da voz do perdão
Divino
cordeiro, poeta e pastor
Juiz
infalível do Código do Amor
Estrela
cadente da constelação
Nascente
perene do ventre do chão
Painel
que reflete na luz do luar
O
mundo é pequeno pra te comparar
Perpétuo
socorro dos desiludidos
Farol
que ilumina os barcos perdidos
Cantando
galope na beira do mar.
Jesus
– padroeiro do homem de fé
Cometa
visível do largo horizonte
Pedaços
de pétalas que descem da fonte
Deixando
perfume no igarapé
Estátua
sagrada que tem como sé
Um
adro, uma igreja, um santo, um altar
Piso
envergonhado no teu patamar
Gemendo,
vergado no peso das culpas
Orando,
chorando, pedindo desculpas
Cantando
galope na beira do mar.
Jesus
- o refúgio de nós pecadores
Autor
da orquestra do som dos arcanjos
Poema
evangélico do coro dos anjos
Maestro
do palco dos bons cantadores
Canário
que trina no leque das flores
Artista
das almas, que vive a cantar
Lanterna
profética do topo do altar
Libélula
que pousa no dorso da malva
O
homem é quem peca, Você é quem salva
Cantando
galope na beira do mar.
Jesus
– oceano completo de encantos
Angico
frondoso coberto de ninhos
Preserva
a vivenda de seus passarinhos
Com
sopros de vida por todos recantos
Lençol
perfumado, consolo dos prantos
Da
alma penada que vive a chorar
Nos
teus lindos olhos quem bem reparar
Vê
duas lanternas nas noites de inverno
Criança
sorrindo no colo materno
Cantando
galope na beira do mar.
Jesus
– tabernáculo de portas abertas
Teus
gestos são mansos, teus dias são calmos
Profeta
que prega o livro dos salmos
Nas
areias brancas das praias desertas
Palavras
de mãe no pão das ofertas
Que
a mãe carinhosa não sabe humilhar
Ministro
de Deus que vive a rezar
Vaqueiro
prudente das ovelhas mansas
Patrão
dos adultos, pastor das crianças
Cantando
galope na beira do mar.
Jesus
– matemático que tira o atraso
Escola
sublime de todos os mestres
Orvalho
aromático das rosas silvestres
Retrato
de nimbus nas cores do ocaso
Fiel
seresteiro que em todo parnaso
As
musas pairaram pra lhe escutar
Nasceu
pra sofrer, morreu pra salvar
Varou
o deserto, quebrou a algema
É
chefe do fórum na corte suprema
Cantando
galope na beira do mar.
Jesus
– primogênito, meu Deus e meu tudo
Tenor
das colinas, garganta sinfônica
Toalha
de sangue nas mãos de Verônica
Guerreiro
sem flecha, sem míssil ou escudo
Rosário
de pérolas, versículo de estudo
-
profundo que o homem não pode igualar
Minha
ignorância queira perdoar
Angústia
das dores do monte calvário
Segredo
do sangue do Santo Sudário
Cantando
galope na beira do mar.
Jesus
– solução dos grandes fracassos
Amigo
que chega na dor dos suplícios
Nas
horas difíceis de mil sacrifícios
Feliz
da pessoa que segue seus passos
Levando-o
no peito, na alma e nos braços
Rasgando
a floresta pra o corpo passar
Quem
anda contigo é certo chegar
No
pouso celeste dos aventurados
Banhar-se
na fonte, tirar os pecados
Cantando
galope na beira do mar.
Jesus
– que perdoa os fracos de ações
Estrela
da paz, remédio da guerra
A
única pessoa do céu e da terra
Que
entende a linguagem de todas Nações
Morreu
coroado entre dois ladrões
Cuspido
e zombado da voz popular
Tirou
na história primeiro lugar
Pendeu
a cabeça pro lado direito
Pra
todos os séculos merece respeito
Cantando
galope na beira do mar.
Jesus
Nazareno - filho de Maria
Lições
infindáveis dos povos essênios
Espelho
fantástico de todos os gênios
Soluços
da noite, sorrisos do dia
Montanha
escalável da teologia
Caminho
pra alma se renegerar
Palavra
gostosa de pronunciar
Troféu
dos humildes, perdão das ofensas
Estrada
infinita de todas as crenças
Cantando
galope na beira do mar.
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