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sexta-feira, 16 de março de 2012




 Jesus Meu Galope Na Beira do Mar
(Pedro Bandeira)

Jesus – esperança da voz do perdão
Divino cordeiro, poeta e pastor
Juiz infalível do Código do Amor
Estrela cadente da constelação
Nascente perene do ventre do chão
Painel que reflete na luz do luar
O mundo é pequeno pra te comparar
Perpétuo socorro dos desiludidos
Farol que ilumina os barcos perdidos
Cantando galope na beira do mar.

Jesus – padroeiro do homem de fé
Cometa visível do largo horizonte
Pedaços de pétalas que descem da fonte
Deixando perfume no igarapé
Estátua sagrada que tem como sé
Um adro, uma igreja, um santo, um altar
Piso envergonhado no teu patamar
Gemendo, vergado no peso das culpas
Orando, chorando, pedindo desculpas
Cantando galope na beira do mar.

Jesus - o refúgio de nós pecadores
Autor da orquestra do som dos arcanjos
Poema evangélico do coro dos anjos
Maestro do palco dos bons cantadores
Canário que trina no leque das flores
Artista das almas, que vive a cantar
Lanterna profética do topo do altar
Libélula que pousa no dorso da malva
O homem é quem peca, Você é quem salva
Cantando galope na beira do mar.

Jesus – oceano completo de encantos
Angico frondoso coberto de ninhos
Preserva a vivenda de seus passarinhos
Com sopros de vida por todos recantos
Lençol perfumado, consolo dos prantos
Da alma penada que vive a chorar
Nos teus lindos olhos quem bem reparar
Vê duas lanternas nas noites de inverno
Criança sorrindo no colo materno
Cantando galope na beira do mar.

Jesus – tabernáculo de portas abertas
Teus gestos são mansos, teus dias são calmos
Profeta que prega o livro dos salmos
Nas areias brancas das praias desertas
Palavras de mãe no pão das ofertas
Que a mãe carinhosa não sabe humilhar
Ministro de Deus que vive a rezar
Vaqueiro prudente das ovelhas mansas
Patrão dos adultos, pastor das crianças
Cantando galope na beira do mar.

Jesus – matemático que tira o atraso
Escola sublime de todos os mestres
Orvalho aromático das rosas silvestres
Retrato de nimbus nas cores do ocaso
Fiel seresteiro que em todo parnaso
As musas pairaram pra lhe escutar
Nasceu pra sofrer, morreu pra salvar
Varou o deserto, quebrou a algema
É chefe do fórum na corte suprema
Cantando galope na beira do mar.

Jesus – primogênito, meu Deus e meu tudo
Tenor das colinas, garganta sinfônica
Toalha de sangue nas mãos de Verônica
Guerreiro sem flecha, sem míssil ou escudo
Rosário de pérolas, versículo de estudo
- profundo que o homem não pode igualar
Minha ignorância queira perdoar
Angústia das dores do monte calvário
Segredo do sangue do Santo Sudário
Cantando galope na beira do mar.

Jesus – solução dos grandes fracassos
Amigo que chega na dor dos suplícios
Nas horas difíceis de mil sacrifícios
Feliz da pessoa que segue seus passos
Levando-o no peito, na alma e nos braços
Rasgando a floresta pra o corpo passar
Quem anda contigo é certo chegar
No pouso celeste dos aventurados
Banhar-se na fonte, tirar os pecados
Cantando galope na beira do mar.

Jesus – que perdoa os fracos de ações
Estrela da paz, remédio da guerra
A única pessoa do céu e da terra
Que entende a linguagem de todas Nações
Morreu coroado entre dois ladrões
Cuspido e zombado da voz popular
Tirou na história primeiro lugar
Pendeu a cabeça pro lado direito
Pra todos os séculos merece respeito
Cantando galope na beira do mar.

Jesus Nazareno - filho de Maria
Lições infindáveis dos povos essênios
Espelho fantástico de todos os gênios
Soluços da noite, sorrisos do dia
Montanha escalável da teologia
Caminho pra alma se renegerar
Palavra gostosa de pronunciar
Troféu dos humildes, perdão das ofensas
Estrada infinita de todas as crenças
Cantando galope na beira do mar.

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