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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
João Paraibano cantava um desafio com Valdir Teles na Fazenda Cabeça do Boi, no município de Prata-PB, quando este finalizou uma sextilha dizendo:

 
“O seu verso tem pouco conteúdo
Que só chuva de maio em ano ruim”

 
João deu a resposta:

 
Valdir Teles seu verso além de ruim
Tá mais torto do que voar de anum
Sua cara parece um chimpanzé
E a barriga parece um jerimum
Se tiver dez Valdir, traga mais nove
Que eu quero matar de um por um
 

Valdir dá o troco:

 
João só canta falando de anum
E de peba querendo se esconder
Um cachorro acuando um tatu bola
E cascavel dando bote pra morder
Cantoria tem outros derivados
E meu colega precisa aprender.

 
Mais na frente Valdir  termina a sextilha criticando o opositor, dizendo que ele só sabe cantar as coisas do sertão:

 
“Se tirar o Sertão, peba e tatu
A cantiga de João chega no fim”

 
João responde:

 
Sempre eu canto a carreira do saguim
E o cancão beliscando melancia
O trovão que abala o pé-de-serra
E uma nuvem na hora que desfia
E é falando de peba e de tatu
Que eu dou nesse besta todo dia.

 
Valdir

 
Você disse que tem um nome feito
Eu procuro, me esforço mas não acho
Você disse que é forte repentista
Mas não é repentista e nem é macho
O seu nome é igual casa de areia
Se passar um sereno vai abaixo.

 
João foge da contenda, mudando a toada e tecendo elogios a Valdir:
 

Você já provou que é macho
E eu não entrei na chibata
Mas seu cavalo é possante
E eu vou respeitar a pata
Que tiro de soca-soca
Chumba o leão, mas não mata

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