João
Paraibano cantava um desafio com Valdir Teles na Fazenda Cabeça do Boi, no
município de Prata-PB, quando este finalizou uma sextilha dizendo:
Que só chuva de maio em ano ruim”
Valdir
Teles seu verso além de ruim
Tá
mais torto do que voar de anumSua cara parece um chimpanzé
E a barriga parece um jerimum
Se tiver dez Valdir, traga mais nove
Que eu quero matar de um por um
Valdir
dá o troco:
João
só canta falando de anum
E
de peba querendo se esconderUm cachorro acuando um tatu bola
E cascavel dando bote pra morder
Cantoria tem outros derivados
E meu colega precisa aprender.
Mais
na frente Valdir termina a sextilha
criticando o opositor, dizendo que ele só sabe cantar as coisas do sertão:
“Se
tirar o Sertão, peba e tatu
A
cantiga de João chega no fim”
Sempre
eu canto a carreira do saguim
E
o cancão beliscando melanciaO trovão que abala o pé-de-serra
E uma nuvem na hora que desfia
E é falando de peba e de tatu
Que eu dou nesse besta todo dia.
Você
disse que tem um nome feito
Eu
procuro, me esforço mas não achoVocê disse que é forte repentista
Mas não é repentista e nem é macho
O seu nome é igual casa de areia
Se passar um sereno vai abaixo.
Você
já provou que é macho
E
eu não entrei na chibataMas seu cavalo é possante
E eu vou respeitar a pata
Que tiro de soca-soca
Chumba o leão, mas não mata
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