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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013


Em recente visita a São José do Egito, minha cidade natal, dei uma esticada até a casa do meu amigo de longa data, Zé de Cazuza, cognominado de "gravador ambulante". Na foto está meu tio Laurindo, Zé de Cazuza e eu, no Sítio São Francisco, município de Prata - PB.

Quando chegamos lá, Antenor (filho de Zé) preparou uma deliciosa carne de sol com arroz de leite, que revigorou as nossas energias para mais umas cervejas e lapadas de cana.



Versos de Zé de Cazuza (José Nunes Filho)

SONETO: Partida de minha mãe 

Quem da terra partiu levando um riso, 
Estampado nos lábios por lembrança, 
Com certeza levava a esperança 
De alcançar o perdão no paraíso. 

Diz o filho sentindo o prejuízo, 
A chorar pela mãe que fez mudança, 
Aspirando de DEUS a confiança, 
De abraçá-la no dia de juízo. 

Sobre o seu leito quando morta estava, 
Sua bela feição me retratava, 
A feição duma santa de capela. 

Senti nos olhos arrojado pranto, 
A minha mãe que me estimava tanto 
Só teve um filho pra chorar por ela. 

Os dois retratos: 

Sabe o que ficou pra mim 
De mãe que nunca me esqueço 
Um retrato do começo 
E o retrato do fim. 
Ambos agradam a mim, 
Embora os veja sem gosto, 
Um mostra rugas no rosto, 
O outro tão diferente, 
Um parece o sol nascente, 
Outro parece o sol posto. 

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