" Cristo de
Marfim "
Antero
Bloem ( 1878 / 1919 )
Esse
Cristo que pende de teu peito,
Ungido
de ternura e de respeito,
Um
beijo de teu lábio imaculado,
Eu,
sacrílego, sinto-me levado
-
Ou seja por inveja, ou por despeito -
A
arrebatar o Cristo de teu peito
E
em teu peito morrer crucificado . . .
Mas,
quando vejo de teu lábio crente
Cair
sobre o Jesus a prece ardente,
Talvez
por nosso amor, talvez por mim,
Ardo
na chama intensa dos desejos
De
arrependido, sufocar meus beijos
Nesse
teu alvo Cristo de Marfim . . .
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