Antonio Marinho do Nascimento
Meus
senhores de letras e de anéis
Por
favor me escutem um minuto
E
observem um momento este matuto
La
da terra das feiras de cordéis
Onde
a voz dos poetas menestréis
Tem
a luz do improviso sobre-humano
Canta
a dor, a tristeza, o desengano
Mas
também canta o belo, a alegria
Canta
a noite com a lua, o sol com o dia
Nos
dez pés de martelo alagoano.
São
José do Egito é sem igual
Terra
mágica que encanta o pajeú
No
sertão que inspirou Zezé Lulu
E
o freqüente trocar de Lourival
De
Cancão é a terra original
E
de Job o poeta mais humano
Que
no pé-de-parede mano a mano
Foram
todos uns grandes campeões
De
um duelo ilustrado de emoções
Nos
dez pés de martelo alagoano.
Um
decreto por nos foi assinado
Onde
diz que quem nasce neste chão
Se
não escreve ou improvisa algum quadrão
Tem
que ter pelo menos decorado
Algum
verso que foi improvisado
Por
Marinho que foi nosso decano
Ou
saber algo de Rogaciano
Pra
se um dia um amor for pelos ares
Tomar
uma dizendo "SE VOLTARES"
Nos
dez pés de martelo alagoano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário